Revelavas por princípio
uma relação difícil com as palavras.
Sob um primeiro olhar lince,
transformavas a ideia que os olhos viam
por algo que se quedasse entre muros,
a certeza estanque, na robustez do aço.
Uma espécie de alusão térrea
e tão própria
como a distância fria dos números.
e tão própria
como a distância fria dos números.
E eu estava ali por perto,
disposto a amar-te
junto à lisura das mãos.
disposto a amar-te
junto à lisura das mãos.
Observava-te devagar, como o tempo
colhia dos frutos as outras partes de nós,
uma distância urgente entre medos
que tão sabiamente nos sabiam notar.
Bonito.
ResponderEliminarApesar do meu retiro, os teus poemas preenchem-me as noites longas..é mais um que me encanta, como tantos outros que vou lendo suavemente...
ResponderEliminarGiras são vocês, que me lêem!
ResponderEliminarBacios!
Estanque .... .... Revelador ... Precioso .... **
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarBeijo Natasha!
Pois é, Maria! Eu tomei um barbitúrico e adormeci!
ResponderEliminarHá quem tome outras coisas e nao durma a noite toda, quando lhe falta... Deve ser o efeito placebo... :)
ResponderEliminarO(a) anónimo(a) do comentário anterior parece falar do que não sabe, quando se refere ao efeito placebo. No contexto em que faz a observação, e percebendo-se o que na sua frase é intencionalmente omisso, não houve, na realidade, nenhum efeito placebo, mas antes a manifestação do efeito farmacológico esperado e, possivelmente,desejado.
ResponderEliminarMas não inquinemos com estas observações colaterais, tão a despropósito, o belíssimo poema de Miguel Pires Cabral, que aqui deve ser elogiado, não com as lamechices corriqueiras de quem libidinosamente se insinua, nem com os remoques mais ou menos irónicos e provocadores de quem gosta de monopolizar a atenção.
Não é costume meu, comentar a subjectividade, a interpretabilidade de cada um, tampouco certas eloquências em volta do que quer que seja.
ResponderEliminarGosto - no entanto, obviamente e honestamente - que as minhas palavras suscitem o interesse (suficiente) nas pessoas, por modo a que se expressem quer sobriamente quer em forma de devaneio. É-me igual. Sinceramente. Leiam e comentem sempre, anónima ou publicamente falando.
Um abraço Alexandre, obrigado pela abordagem "in the situation room" bem como agradeço, o elogio implícito do teu comentário.
Obrigado, Miguel, pelas suas amáveis palavras. Descobri recentemente o seu blogue e estou a ler com interesse os seus belíssimos poemas.
ResponderEliminarNa impossibilidade de o contactar por outro meio, utilizo, impropriamente, este espaço para lhe chamar a atenção para uma pequena gralha no seu último poema, quando escreveu "smimortas".
Um abraço e venham os poemas.
Alexandre
Reparei agora que a gralha já se encontra corrigida.
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