para o Mário: in memoriam
Não tenho tempo
eu agora o nunca
vulgar
grito dos sentidos
como o negrume
intacto
aos olhos da noite
o cobertor aquece
a pressa
e o corpo enrolado
à razão móbil do
poema
e o barco que foge
no futuro do mar
a espuma
que arde no vinho
denso das traças
in memoriam
ao nome no céu
de alguém
quando
deus
é _um
chão
sem
t
e
r
fé
nem
piedade
(ou futuro)
(ou futuro)
que é coisa
dos outros
{so many one's}
{so many one's}
que andam perdidos
[& eu:
não tenho tempo.