Sempre que por simples
gestos
procurávamos o código
linguístico – falhávamos
a ligação.
Tu sabes.
Reconheces-te bem
sempre que no agora
ou nunca procuravas a
noite
a cabeça no
desequilíbrio
das palavras
o todo abismo de
uma vida.
Tu que amaste
teus filhos
que sentiste
o terror dos
últimos beijos
que foste o capitão
dos capitães
sobre a terra que
queima
a nudez experimentada
dos pés
perdeste a razão e a
mente
a longitude da noite
entre o vulto das
janelas
e o rumo inverosímil
da casa.
Sim, tu foste tudo por
quem
todos olharam
por
cuidados perdidos
a vertigem nervus do medo
as mãos frágeis
caídas no abandono do
chão.
Diante os olhos
continuava
a rematar desacertos
ou a fobia terrível de
amar
como a essa infância
perdida-
mente inquieta e
tão distante
quanto o silêncio dos
olivais.
Sem comentários:
Enviar um comentário