Há uma voz que se prende
à distância de um caminho breve
e cada vez mais próximo.
e cada vez mais próximo.
Dizem-nos que toda a existência
é breve e que todos somos a face
de uma mesma distância gasta.
Dizem-nos ainda que nos recordam
pelo brilho com que fomos perdendo
uma certa inocência.
Olho-me de frente para a luz
para a mesma razão com que ignoro
a minha própria cara, e rejeito liminar
modo ou processo de olhar, essa mesma
para a mesma razão com que ignoro
a minha própria cara, e rejeito liminar
modo ou processo de olhar, essa mesma
distância que não me pertence
tal & qual o escape por inventar.
Pouso no alto da minha caneta
e desfaço-me pelo rosto replicado
no espelho baço. Escrevo e digo
e não digo nada daquilo que porventura
deveria ficar escrito nas rosas. Faço e vou,
consigo e aconteço, da mesma forma
que fria a morte nos serve na espera.
E o leitor para no verso e pensa a morte,
escreveu-se morte desde que existimos,
desde que uma voz em nós se desprendeu.
Desde a distancia gasta ao caminho,
até ao anseio que nos segue indiferente
do medo ou modo de inexistir. Como se
toda a nossa verdade ficasse inscrita
junto às rosas. As rosas turvas do fim.
do medo ou modo de inexistir. Como se
toda a nossa verdade ficasse inscrita
junto às rosas. As rosas turvas do fim.
Se nos pudermos inscrever nas rosas e aí perdurar para além desta nossa finitude trágica... então talvez valha a pena esta breve existência...
ResponderEliminarBom ler-te, primo :)
Terno beijinho