Momentos há que nos avançam
para um irremediável ou inevitável
tempo que nos resta – desgastado;
tempo que nos resta – desgastado;
como um irremediável & repetido
momento perceptível aos ossos.
Tal como se tivesses adormecido
num final de tarde qualquer e,
acordasses depois irremediável-
mente só, arrefecido em ninguém,
entre o vazio da sala que ocorre.
As palavras pesam-te quase tanto
quanto o segredo dessa poção
que se esconde – junto à pressa de
morrer – fora do alcance do cimento
que se esconde – junto à pressa de
morrer – fora do alcance do cimento
da cidade irremediavelmente vazia.
E há sempre um enorme fundo de verdade
em cada poema; [pese embora: nem tudo
fique dito] ou há sempre uma verdade que
se oculta inexplicável, pela mesma razão
metafisica de ser – & que nos ultrapassa
se oculta inexplicável, pela mesma razão
metafisica de ser – & que nos ultrapassa
devagar ?
Há sempre momentos de verdade. ;)
ResponderEliminarBelíssima inspiração, Miguel! saboreei... devagar :)
ResponderEliminarBeijinhos
as palavras pesam muito.
ResponderEliminartalvez pela mentira se diga a verdade, de viés...
E há sempre um enorme fundo
ResponderEliminarde verdades e mentiras
em cada sequência de palavras
em cada chorrilho de letras
em cada avalanche verbal
pese embora: nem tudo esmagado fique
ou há sempre uma que
se oculta inexplicável, pela mesma razão
fisica que nos ultrapassa na meta
seja metadona ou meta-amphetamines