quarta-feira, 2 de junho de 2010
vacas &m cordas
«CowS & Strings»
Lançavam-se as cordas às vacas
ou as vacas nas cordas, não sei bem,
a coisa prometia em Ponte de Lima,
algazarra e uma noite de caravana
longa em copos soltos noutras cordas,
esquinas e outras guitarradas.
Havia no Porto um outro projecto
de noite (mais serena, penso)
um sugestivo churrasco
entre amigos e vinho tinto,
orquestrando um puro jogo de mãos
numa alternada ocupação circunstancial.
Numa o néctar vindo dali,
noutra o carolo de pão
ou um cigarro (de ocasião?).
Depois, foi a cinza
que me distraiu a escrita,
turvou-se-me no texto,
ou espécie de ensaio
sobre aquilo que seria
o resto da minha vida.
Vacas )( cordas,
ou o invictus vinnus
nunca antes vencido?
Pouco importa,
um dia escrevo esse poema,
ou os dois, quem sabe.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Existem poemas que nunca chegam a acontecer tal e qual os prevemos. Este é um excelente exemplo daquilo a que me refiro. A história por detrás do verdadeiro desfecho é um outro poema.
ResponderEliminarUm dia escreve-lo-ei, certamente.