segunda-feira, 14 de junho de 2010
"big indian girl"
_____________________ To the: "Big Indian Girl"
Inocente, assim era o gesto,
a sua voz que cantava
em tom estranho
numa diferente forma de existir.
Uma harpa dedilhava o caminho
conhecido de cor, de memória em memória,
de tolice em asneira
e pálpebras encerradas.
Era esse o teu caminho
tantas vezes travado,
sem reflexão nem espaço
para existir [que te travou.
Ficaste fechada pelo trinque
do teu postigo e eu, fiquei
por fora da tua ingenuidade.
Encontrei outras pedras
pisadas pelas meditas mais antigas
da rua das Camélias (sem número).
Pude mais tarde vestir
o cheiro que inundava o meu querer
de imensos e atolados odores.
Transmitir-te uma espécie de melancolia feliz
(se é que ela existe) era o todo nada
que deixou de existir em mim.
Não cheguei a falar do piano que tocavas
numa imagem de luz branca
e cortinados lançados sobre o ar
quente e abafado na cidade.
As janelas grandes e abertas
trazem-te de volta a memória
das gentes de voz rija, agridoce,
num ardor vivo de mercado
_____________________[oriental.
O poema acabou assim,
sem adeus nem doutros afins.
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Não vou fazer comentário mas deixo algumas palavras minhas. Espero que goste
ResponderEliminarFoi sem intensão que te causei qualquer dor e pena.
Foi sem intensão que te feri,
Foi com o meu medo que te destruí.
Foi com o meu amor que te envolvi.
De ti apenas quero um pouco de tudo
Compreensão
Confiança
Amizade
Paixão
Amor
Fazer algo sem intensão...
Mafalda Aires
Mas que bela resposta!
ResponderEliminarGostei sim!
Beijos
Muito interessante este teu poema, ultimamente o que escreves é de maior complexidade. Deves mesmo publicar os teus trabalhos, são merecedores disso.
ResponderEliminarum beijo Isabel
Obrigado Isabel, pela visita e pelo comentário!
ResponderEliminarBeijinhos