quinta-feira, 29 de abril de 2010
SANGUE PLÁSTICO
Rasguei o contrato.
Isso mesmo rasguei-o.
Depois sentei-me e puxei
de um cigarro,
mesmo ciente do «batuque»
acelerado na carótida.
Não era a primeira vez
que me faltava à palavra.
Sentei-me na cadeira do terraço e,
ouvi o negrume
que os olhos negaram ver.
A toalha continuava posta sobre mesa,
misturada num cinzeiro aceso e,
outros pedaços (de civilização?)
de apartamento, como se alguém fosse
irromper pela porta para jantar.
Estava só!
Desde o tempo contratado
por falsas juras de amor
seladas em sangue plástico.
Celebrei como se o medo
fosse enfim, uma equação
igual à junção das partes
que sempre existiram afinal,
eu e a sombra,
daquilo que tu nunca foste.
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Amei !Parabéns!
ResponderEliminarObrigado Brenda!
ResponderEliminarBeijos