sábado, 10 de abril de 2010
TARDE(S) À VARANDA
Parecia ler-me a mente,
quando me focava frente-a-frente
com os seus grandes e dourados olhos,
e eu, parado, de porta escancarada
[tentava perceber se me seguia de facto,
numa espécie de alusão à telepatia?]
antes de entrar em casa. Ganhava o meu
tempo para escrever, antecipava-me
aos seus próprios intentos de me perseguir
dentro dos meus próprios passos.
Vivíamos uma espécie de loucura
onde o tempo parecia entorpecer lampeiro,
mas na realidade seguia-nos, bem mais de perto,
do que aquilo que poderíamos supor.
Éramos jovens, o sol aquecia-nos as tardes
e levava-nos em mangas de camisa até
que as garrafas escolhidas de tinto
nos aquecessem, sem que déssemos
conta que já havia centenas de estrelas
mergulhadas nos céus.
O Verão era o nosso episódio perfeito,
e continuará a sê-lo [tardes à varanda]
como reconhecerás certamente.
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Das varandas da alma se espreitam momentos.
ResponderEliminarBonita invocação.
Abraço
Gosto muito,muito do seu blog.Parabéns está magnífico !
ResponderEliminarObrigado pela vossa atenção e comentários;
ResponderEliminarBeijos & Abraços