sábado, 28 de novembro de 2009
PAPEL
Papeis recortados
pequenos pedaços de papel persistiam
existir sem textura visível, perceptível,
palpável, numa extrema sensibilidade
dos dedos agora entremeados [molhados em ti.
Percebi também que o meu papel
o meu desejo de ti,
o teu cheiro que percorri até às entranhas
renascia a cada manhã,
em cada exalação compreendida, prolongada.
O tempo projectava-se em seu papel fulcral e nós,
sem que déssemos conta (ou fingindo simplesmente
não lhe dar importância) seguimos imbuídos
em nossos papéis, ignorando simplesmente
os outros papéis cobertos de entrevo.
Apenas o nós, o nosso papel, fazia sentido.
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Obrigada,pelo teu carinho,prazer imenso vir aqui ler que escreve.Lindo isso...
ResponderEliminarPapeis recortados
pequenos pedaços de papel persistiam
existir sem textura visível, perceptível,
palpável, numa extrema sensibilidade.
Beijoss com carinho meu.Lia...