quinta-feira, 12 de novembro de 2009
IMUTABILIDADE
Conseguias ver a luz daquela esférica noite
perfeita, reflectida na janela do escritório
pela lua cheia. Os sonhos que tinhas acordada
fluíam-te depressa até à extrema do nada,
onde as coisas deixavam de ser quem eram.
Quando regressavam do vazio, deixavas simplesmente
que poisassem sobre os ramos nus das árvores
em frente à janela. Os dias estavam frios,
não se viam indícios de vida, de movimento.
Esperavas tranquilamente braços poisados
na secretária, como se toda a imobilidade
presente fosse orquestrada pelos teus dedos
[diante dos teus olhos
a imutabilidade não te inundava por certo,
antes te agitava aquela espécie de isolamento.
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Lindas palavras para descrever aquelas noites que para mim a trabalhar são um panico e ainda nao consegui descobrir porquê!!!
ResponderEliminarbeijos