sábado, 13 de fevereiro de 2010
CALOR
Começas a ganhar certas manhas na casa,
conheces por fim os cantos às escuras e,
sabes bem, todos os passos que pisas descalço,
sem arrepio. Os automatismos aperfeiçoam-se,
como peças de tecido «persa» assentam
naquelas bandas do «sol nascente»
em cortinados quentes que esvoaçam
melodiosos e doces, como aqueles que vês
num final de tarde
________________pulverizado em gin tónico,
calor e chinelos-de-dedo oscilantes.
Na casa, ligas a caldeira
porque lá fora o frio corta,
mas o calor que pedes
nessas «voltas» que dás nas palavras
está lá, e agora também
presente em ti,
vá-se lá saber um porquê.
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Porque nada acontece por acaso...
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