Dizem-nos os experientes –
talvez se enganem –
tudo quanto existimos
nos retorna
como se de um ciclo
se tratasse.
Na verdade o conflito
somos nós, o Homem
e a sua duração
a sua sapiência
ou o vinho que partilha
da mesma taça.
Não me importam as vozes
dos experientes de negro
as suas mágoas
ou desprazer,
importa-me o silêncio
e a paz que nos roubam.
Mas afinal se nos dizem
que tudo nos regressa
numa mesma medida
como conseguem medi-lo afinal?
Pelo prazer do augúrio?
Pela mofina que lhes toca?
Pouco importará saber
caro leitor, porque o inferno
(a existir) também somos nós:
os menos experientes
que embatemos de frente
aos infortúnios dos outros.
E os meninos correm,
fogem para longe das vozes:
procurando silêncios
e o repouso dos erros
procurando crescer:
à luz dos sorrisos.
Muito bonito. :)
ResponderEliminarObrigado, Deep.
ResponderEliminarBeijinho