quarta-feira, 24 de março de 2010
PURGA EM SILÊNCIO
Tinha já um nó no estômago,
quando me sentei numa das cadeiras
dispostas no meio do intervalo.
Digeri a triste realidade de ainda existir
alguém que desconhece a ida do homem à lua.
Na cadeira do terraço, voltei a ver
a imagem repetida de alguém
sentado no meio do pátio, talvez
distraído da sua estupefacção.
A música, iniciara entretanto um feixe ideário
«recording» imediata cena desenrolada
numa película tipo “filme”.
Acordas num zumbido que mora em ti
e ele, acolhe-te numa espécie de encontro fraterno
entre duas partes que se confessam.
Surgem-te depois outras imagens recortadas
em postas, duma poética que desejas perseguir.
Por isso fechas os olhos e alheias-te
dos sons e imagens que se repetem.
Nada havia a mudar ou consentir,
pois sabias ser esse o único condimento
possível, na purga do teu silêncio.
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Muito bonito.
ResponderEliminarBravo amigo!
ResponderEliminarNão há maior luta nem melhor cura que aquela que travamos com o silêncio.
Um abraço.
É verdade amiga! O silêncio é sempre o nosso maior conselheiro, é dele que nascem certos poemas e outras escritas que nos maravilham a nós próprios.
ResponderEliminarBeijo e obrigado pela visita.
o teu silêncio não fala... :)
ResponderEliminarbj
teresa
Não fala... Mas divaga nas asas da imaginação... :)
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