AGOSTO 2010

cafésolo

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

[AR]RISCO



Arrisco, sem risco,
sem tomar fôlego ou balanço,
sem olhar a louros ou jarras douradas
dos jardins renascentistas de XVII

arrisco, mesmo sabendo que a carne
apodrece dentro da maturidade.
Arrisco em saber que talvez hoje
seja tarde para olhar o crucifixo
como quem o olha de fora [para dentro].

Arrisco em nada dizer, mesmo que as palavras
se soltem como feras [amestradas]
de uma savana [enjaulada no circo].
Será esta a nossa flâmula dourada
_______________________[secreta
duma mera pequenez de existir?

12 comentários:

  1. Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

    William Shakespeare

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  2. "Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer"

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  3. ... Por vezes é mesmo isso que nos falta... Arriscar... Sem medo de seguir em frente...
    Gostei...

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  4. Gostei.
    Deste em [muito] particular!
    Terezinha

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  5. Obrigado pelos vossos comentários. Penso que este poema saíu "particularmente" feliz.

    Beijos e Abraços

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  6. Arriscar é sempre um risco.
    O risco de arriscar faz-nos crescer e lutar pelo que pretendemos alcançar. No entanto absorvidos pelo medo, não nos atrevemos a perceber ou tentar perceber o que está do outro lado do espelho e, assim nos vamos acomodando e tornando amorfos em relação a nós próprios.
    Isabel Tavares

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  7. Isabel, a vida é um risco no seu todo, não será?

    Beijos

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  8. É verdade sim, a vida é um risco permanente, por isso fazemos parte dela. E como diz o ditado popular e bem, quem não arrisca não petisca.
    Beijos

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  9. "Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." (William Shakespeare)

    Beijos

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